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quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

O meu Natal sem meu Pai Altamiro

Tenho evitado falar de mim neste espaço em que escrevo. A verdade é que, a maioria das vezes nem sempre consigo. Mas, acho que todos já agüentaram mais do que mereciam tanta melancolia e lamentações, a verdade é que não consegui evitar.
Este ano pra mim, é como se a árvore de Natal não fosse montada. O presépio não fosse montado e que todas as peças ficassem guardadas nas caixas. E as luzes coloridas não fossem acesas e pela primeira vez, também, sinto-me órfão.
Sim, já sou um homem crescido, cheio de responsabilidades, pai, avô. Mas um pedaço de mim ( e posso garantir que não é pequeno) que queria continuar a ser o filho mais velho e pequeno, especialmente nesta época, a primeira sem ele. Na minha contabilidade natalina, falta um presente, um abraço, um beijo, um sorriso. Não há conversas sobre a ceia de Natal. A ceia de Natal... Ementa igual, nunca mais, nem peru, nem passas. Mas isso não é quase nada, se não fosse haver mais champanhe, bolo de chocolate e rabanadas. Se não fosse haver nem beijos, nem orações em família, nem elogios emocionados, nem opiniões paternas. Tenho certeza que meu Pai gostaria que tivesse tudo isso e haverá, em sua homenagem sempre.
A vida passa tão rápida e perdemos tempo com discussões, confusões, ideologias baratas, imposições para fazer valer nosso ponto de vista, as nossas vontades, quando percebemos que só existem somente duas realidades: o nascer e o morrer. Neste meio-termo, apenas os amigos que vamos conquistando ao longo da vida. E depois, a falta que ele faz e que iremos fazer um dia. As crianças sentem falta, os adultos sentem falta, uma saudade que só deixa quem fez sua existência realmente valer a pena. Vai ser duro este primeiro Natal e os próximos também. Com o tempo sei que vão chegar outras pessoas como minhas netinhas Bianca e Manuela, elas são o meu conforto, o alívio de minhas dores, da minha saudade. Tudo faz parte desse mistério que é a vida.
Este Natal com certeza não será igual ao que passou. Mesmo assim desejo a todos feliz Natal e um Ano Novo próspero e com muita saúde.

Altair Viana

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Itaituba, 154 anos de existência

“Itaituba será uma terra sempre feliz, porque vive banhada pela esperança das águas verdes do fabuloso rio Tapajós”. Marechal Floriano Machado.

De uma simples aldeia de índios, igual a tantas outras existentes ao longo do Rio Tapajós, nasceu à pequena cidade de Itaituba. A Aldeia já era conhecida em 1812 como o maior centro de comércio de especiarias do alto Tapajós, com o nome de Itaituba.

O nome indígena, vem da língua tupi-guarani, que significa: Ita-pedra, I – Pequena, Tuba-abundância, que quer dizer lugar de muita pedra miúda, que realmente existe em grande quantidade na margem esquerda do Rio Tapajós.

Historicamente descoberta em 15 de dezembro de 1856, pelo Tenente Coronel Joaquim Caetano Correa, Itaituba somente foi elevada à categoria de cidade em 25 de novembro de 1900, pela lei de nº 648.

A partir desse momento, a economia do município viveu momentos de altos e baixos, em dois importantes ciclos:o da borracha e o do ouro. Em 1914, por exemplo, Itaituba representou o Pará numa exposição de produtos tropicais, realizada na cidade de Londres, dada a sua importância como um dos grandes produtores mundiais de borracha.

Nesse tempo, havia muita opulência e esnobação em Itaituba. As roupas dos barões da borracha eram lavadas em Belém. A influência francesa era marcante, notadamente no modo das pessoas se vestirem. Roupas e adornos eram importados de Paris. Esterlinas eram encomendadas por seringueiros a seus patrões e achegavam normalmente como qualquer outra mercadoria. As casas eram assoalhadas de acapu e pau-amarelo; algumas com azulejos importados de Portugal; os móveis como consolo, eram cobertos por pedras de mármore de carrara. Nas reuniões sociais falava-se o francês.
Com o final da 1ª Guerra Mundial, o preço da borracha desabou no mercado internacional, levando junto o sonho itaitubense. A partir desse episódio começou a derrocada, os barões transformaram-se em plebeus e os poucos que ainda dispunham de recurso financeiro, decidiram mudar-se para outro lugar e fugir da decadência. E assim terminou o ciclo da borracha, mas não apagou o sonho dos itaitubenses de viverem na prosperidade e na riqueza.

Itaituba foi redescoberta novamente com a abertura das rodovias Transamazônica e Cuiabá-Santarém, carro-chefe do Programa de Integração Nacional do Governo Nacional Federal, e tinha como meta principal à ocupação da Amazônia através da colonização dirigida que previa o assentamento de várias famílias vindas de todos os cantos do país…atraídos pela promessa oficial “terras sem homens para homens sem terras”, além de crédito, assistência técnica, estradas vicinais, escolas, postos de saúde.
Itaituba funcionava como principal entreposto comercial da região. Ao lado desse acontecimento, um outro merece registro pelos efeitos causados à economia e a vida de Itaituba: o incremento da exploração do ouro nos garimpos do município no início da década de 80, associado à valorização do precioso metal no mercado internacional.

O município com sua fama “Eldorado” atraiu grandes contingentes populacionais, que passaram a sonhar com a possibilidade de enriquecimento rápido. De fato, muitos bamburraram. Tornaram-se donos de garimpo e de toda uma infra-estrutura de transportes, envolvendo aviões de pequeno e médio portes, cantinas, comércios, máquinas pesadas – pares de máquinas e outros empreendimentos, além de um número considerável de garimpeiros autônomos que pagavam para usufruir a estrutura do garimpo. A necessidade de insumos para serem usados nos garimpos possibilitou a abertura de inúmeros negócios e o incremento do comércio em Itaituba. A avenida Hugo de Mendonça foi tomada por atividades comerciais das mais diversas. Escritórios de compra de ouro, farmácias, butiques, armarinhos, casas bancárias. O aeroporto da cidade assumiu a condição de o mais movimentado do Brasil.

A pressão e rapidez do crescimento desordenado da cidade terminaram por anular os efeitos que incontáveis toneladas que saíram dos garimpos do Tapajós poderiam trazer para a grande maioria da população do município. Além disso, o sistema de tributação revelou-se perverso e injusto para com Itaituba. Criou-se, então, o contraste segundo o qual o município de São Paulo, que não possui um único garimpo em seu território, passasse a receber grandes fatias do imposto sobre o ouro, infinitamente superiores às que, por Lei, deveriam ser destinadas à Itaituba.

O resultado disso é que o município colheu poucos benefícios da atividade garimpeira. Os impostos eram minguados e os problemas decorrentes da garimpagem bastante avolumados: violência, tráfico de drogas , prostituição (infantil, inclusive) e outros, associados a um Poder Público incompetente e uma sociedade anestesiada pela falsa ilusão de que todos estavam no caminho da prosperidade e da riqueza fácil. É inegável que o garimpo fez a alegria de meia dúzia de privilegiados, mas produziu um número incontável de desafortunados. O tiro de misericórdia foi dado pelo governo Collor quando confiscou todos os ativos do país, inclusive... os dos investidores dos garimpos. Assim, findou-se o ciclo do ouro.

O dia 15 de dezembro é uma data importante para todos aqueles que amam Itaituba. O futuro daquela que já foi “a capital da borracha”, “a capital do ouro”, “cidade pepita”, repousa na capacidade das suas lideranças políticas, empresariais, de trabalhadores, religiosos, enfim da sociedade civil, em geral, de retomar a discussão de um plano estratégico de desenvolvimento econômico-social que privilegie a geração de emprego e renda e evite a concentração. Tal medida deveria servir de ato preparatório quando foi inaugurado o TRAMOESTE . O linhão, resolveu definitivamente o problema de geração de energia elétrica, possibilitou o funcionamento da CAIMA, que segundo projeções que antecederam seu funcionamento geraria 600 empregos diretos, 2.000 indiretos, produziria 50 mil sacos de cimento/dia, e injetaria R$ 2 milhões por mês na economia de Itaituba. A fábrica possibilitaria a implantação de uma Moageira de calcário, que produziria fertilizantes para a correção de solos. Não se tem notícia se essas expectativas concretizaram-se.

É preciso que se diga, finalmente, que Itaituba e seus líderes, com base nas lições de um passado bem recente, rediscutam seu novo modelo de desenvolvimento econômico-social sintonizado com um novo ciclo: o do agronegócio com todas as suas conseqüências sobre o ambiente, à geração de emprego e renda para a população. Preservação do patrimônio histórico e cultural . Por necessidade profissional tive que mudar-me para Belém do Pará .Itaituba continua viva na memória. E parafraseando o poeta Carlos Drumonnd de Andrade : “Itaituba é um retrato na parede, mas como dói!”

ALDIR VIANA
Ex-deputado Estadual
Ex-Secretário de Estado de Justiça e Direitos Humanos
Promotor de Justiça de Direitos Humanos

Itaituba, parabéns pelos seus 154 anos de acolhimento à sua população miscigenada

Hoje Itaituba completa 154 anos, fundada em 15/12/1856, com uma área de 62040,95 Km2, é uma cidade que cresce no berço da solidão da ausência do Estado do Pará. A população paciente não desiste, luta com as suas próprias forças na tentativa de alavancar o progresso, melhorar sua qualidade de vida, sejam na educação, saúde ou na economia, chavões que fazem parte do discurso político e que já soa mal aos nossos ouvidos. A sua posição geográfica não enche os olhos do empreendedor, ainda mais quando todas as atenções governamentais estão voltadas para Santarém, cidade que funciona como entreposto entre as diversas cidades do baixo-amazonas e da microrregião de Itaituba.

Tivemos a oportunidade de eleger dois deputados Aldir Viana e Wilmar Freire, isso após anos e anos de luta, sempre elegendo Ubaldo Corrêa (STM), Paulo Lisboa (STM), Oswaldo Melo(BEL), Jarbas Passarinho(BEL), Bonna(BLM), Dr. Martins(STM), Bené Bicudo(STM), Amaral(STM), Jader Barbalho(BEL), Alacid Nunes e outros mais, que não me vem à memória. Hoje temos como Deputado Estadual Hilton Aguiar e nosso amigo e jovem Deputado Federal João Dudimar Paxiúba, uma esperança de sucesso na política Itaitubense. Agora podemos bradar que temos uma representação política tanto na Assembleia Legislativa como na Câmara Federal em Brasília.

Sempre nestas datas gosto de dar uma olhada nos arquivos de meu pai Fran Mendonça, e sempre encontro um texto visionário e muito presente. Hoje apresentarei o artigo escrito por meu pai que de uma forma ou de outra contempla o anseio da cidade de Itaituba:

Alerta Itaituba! Alerta - escrito - 09/03/1986
Francisco Xavier Lages de Mendonça

Desde o ano de 1954, quando pela primeira vez participei da vida política da minha terra, já era manifesta a necessidade urgente e presente da cidade de Itaituba ter um representante próprio, político, na Assembléia Legislativa do Estado. Por esta causa, sempre me debati dentro do extinto Partido Social Democrático (PSD), da Arena e do Partido Democrático Social (PDS) sem nada conseguir, sob a alegação de que Itaituba na possuía número de eleitores suficiente para eleger um Deputado Estadual. Tudo bem, não possuímos mesmo. Mas o tempo passou e Itaituba cresceu, tornou-se adulta, e hoje já possui mais de 25.000 eleitores. Se for desencadeada uma campanha de cadastramento eleitoral, nos moldes da campanha de 1982, que elevou de 6.000 habitantes, aproximadamente, para 20.000 eleitores no município, o que é possível já que existe um número expressivo de eleitores, e então: porque Itaituba não apresentar um candidato a Deputado Estadual próprio que se identifique com nossos problemas, que viva a nossa vida?...

Acho que chegou a hora de nossa emancipação política, vivemos todos esses anos com nosso cordão umbilical atado aos interesses políticos de Santarém. Chegou a hora de cuidarmos das nossas vidas e dos nossos interesses políticos. Atrelarmos-nos a Santarém, sim, de igual para igual como cidade, lutando sempre por conseguir meios de fazermos por ITAITUBA algo de que ela carece e que tanto eu bem sei. Para tanto, quero conclamar a todos os brasileiros que mourejam ou vivem em Itaituba, a dizermos basta ao domínio político de Santarém. Convido a todos os homens responsáveis pela política local, para nos sentarmos numa só mesa para indicar um homem capaz a candidato a Deputado Estadual por ITAITUBA, e por ele juntos trabalharmos, certos de uma vitória, que será a vitória de todos nós.

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Erros ou equívocos nos acompanham no dia-a-dia

Reporto-me aqui ao caso da auxiliar de enfermagem que teria aplicado vaselina no lugar de soro na menina Stephanie dos Santos Teixeira, de 12 anos, no Hospital São Luiz Gonzaga, na Zona Norte de São Paulo. É claro, que aqui não darei razão à falha ocorrida levando a óbito uma criança. Nos hospitais existem medicações que são aplicadas com menos frequência e às vezes são apicadas eporádicamente que chegam a cair no esquecimento devido ao pouco uso da medicação.

Fatos como esses, acontecem por acaso dentro das nossas casas, que por um descuido somos induzidos ao erro, muitas vezes erros fatais. No meu caso aconteceu que ao fritar ovo para o meu filho, talvez por discuido de alguém, investi sobre a embalagem que continha limpol com a cor muito parecida do óleo de cozinha. Ao fritar o ovo percebi que o líquido era fino e evaporava muito rápido. Mesmo assim no primeiro dia fritei o ovo e Armando filho degustou reclamando que havia um gosto esquisito. No outro dia a história se repetiu, fritei o ovo novamente sempre achando que o azeite era de péssima qualidade. Nesse momento entra a minha esposa vê e ouve o comentário, o armandinho ao levar a colher a boca foi interpelado pela digníssima exclamando: “não come que foi frito com limpol!”. Ai vem àquela parte mais chata, que é a ladainha... Ainda bem que não houve polícia e nem uma ação fatal.

Condenar uma pessoa por uma ação involuntária é cruel e desumano. A sentença psicológica aplicada a essa moça, a marcará por toda a sua vida.

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

SAUDADES DO MEU AMIGO TRUTH

Quero dizer que todo mundo deveria ter por perto de sí, alguém assim como tu!!

Assim é bom saber, que você está por aí, eu estarei aqui sempre que você precisar!!!

É como eu sempre digo: Graças à Deus que alguém inventou os amigos T.Q.M. (todos queremos muito..)e quero que o meu carinho te abrace pra sempre em qualquer dimensão..

Tomara que a vida eterna sorria pra você sempre e também gostaria que você soubesse de lá de onde você estiver que estás na minha lista de amigos insubstituíveis.

Desejo que todos os teus sonhos tenham sido realizados.. Se estivesses conosco ia lhe pedir pra olhar para o meu sorriso e dizer: Foi você que o colocou aí...obrigado!!

Sei que nunca esquecerias que poderias contar sempre comigo, terias sempre um grande abraço meu amigo. Obrigado por teres entrado em nossas vidas, obrigado por teres sido nosso amigo e pronto. Agradeço porque amizade como a sua foi raro.

A minha saudade é enorme, vão fazer 3 meses que você se foi, com certeza pra um lugar lindo cheio de músicas daquelas que sempre lhe deixariam muito feliz!!

Você foi na esperança de ter realizado em vida um sonho, a comemoração dos seus 70 anos, com certeza seria uma festa linda, infelizmente 10 dias antes você se foi, partiu.

Meus amigos Dulcinéia, Luis Henrique, Charles e Sonia, eu sinto a falta do Truth como sinto a de meu pai querido.

Ele também estava esperançoso de realizar sua festa de 80 anos, mas Deus assim não quis, já tinha reservado aos dois uma festa melhor e sem sofrimentos no plano espiritual e superior.

Peço sempre a Deus que nos devolva a alegria de viver, seguir em frente pra que eles sempre se alegrem conosco que ainda estamos por aqui.

Um grande abraço do amigo

Altair Viana

Governadora asssina Protocolo de Intenções para instalação de uma zona franca em Santarém

DIÁRIO OFICIAL Nº. 31807 de 09/12/2010

PROTOCOLO DE INTENÇÕES

Partes: Estado do Pará e Estado do Amazonas
Objeto: Realização de estudos destinados à criação, no município de Santarém, Estado do Pará, de um polo de distribuição de mercadorias produzidas na Zona Franca de Manaus, principalmente quanto ao estado específico de viabilidade econômica e de competitividade, para se comprovar a existência de suporte técnico e econômico à efetiva implantação do referido polo.
Data da assinatura: 22 de outubro de 2010
Signatários: Ana Júlia de Vasconcelos Carepa, pelo Estado do Pará e Omar José Abdel Aziz, pelo Estado do Amazonas.

"A criação de uma zona franca em Santarém foge aos princípios de desenvolvimentos estabelecidos. Como acontece em todo o mundo, as zonas francas sempre são instaladas em local ou região isolada, onde entram mercadorias nacionais ou estrangeiras sem se sujeitarem às tarifas alfandegárias. Santarém é uma cidade com boa localização com porto de fácil acesso, asssim proporcionará uma abertura no mercado por favorecer o aquecimento da economia com baixo custo operacional. Se olharmos por uma ótica política, essa zona franca deveria ser instalada em Jacaré-Acanga que é um município isolado, distante de tudo, assim cumpriria melhor o seu propósito político de desenvolvimento. Não podemos deixar de enfatizar que uma zona franca ainda é uma boa saída para alavancar o desenvolvimento de uma região."