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domingo, 18 de abril de 2010

Jacob do Bandolim

JACOB PICK BITTENCOURT, nasceu em 14/02/1918, no RJ. Filho único, do capixaba Francisco Gomes Bittencourt e da polonesa Raquel Pick, morava na casa de n° 97, da Rua Joaquim Silva, na Lapa, onde, sem ter muitos amigos e com restrições para ir brincar na rua, costumava ouvir um vizinho francês cego tocar um violino.
E esse foi o seu primeiro instrumento. Ganhou-o da mãe aos 12 anos, mas, por não se adaptar ao arco do instrumento, passou a usar grampos e cabelo para tocar as cordas. Depois de várias cordas arrebentadas, uma amiga da família disse; "..o que esse menino quer é tocar bandolim..". Dias depois, Jacob ganhou um bandolim, comprado na Guitarra de Prata. Era um modelo "cuia", estilo napolitano, e que segundo o próprio Jacob: " ...aquilo me arrebentou os dedos todos, mas eu comecei...".
Não teve professor, sempre foi autodidata. Tentava repetir no bandolim trechos de melodias cantaroladas por sua mãe ou por pessoas que passavam na rua. Aos 13 anos, da janela de sua casa, escutou o primeiro choro, É DO QUE HÁ, composto e gravado por Luiz Americano. Era tocado no prédio em frente, onde morava uma diretora da gravadora RCA. "Nunca mais esqueci a impressão que me causou", afirmaria Jacob, anos mais tarde.
Raramente saia à rua. Seu negócio era ir a escola e tocar o bandolim. Freqüentava, após a volta das aulas, a loja de instrumentos musicais Casa Silva, na rua do Senado, n° 17, onde ficava palhetando os bandolins.
Quer saber mais, clique aqui: http://www.jacobdobandolim.com.br/jacob/acervo.php
Dentre os choros compostos por ele tem um chorinho que me deixou perplexo com a sonoridade e musicalidade. Esse choro chama-se “Santa Morena” aqui interpretado por Dudu Maia (bandolim de 10 cordas), Douglas Lora (Violao), Alexandre Lora (Pandeiro) - Caraiva, Bahia, Brasil, Jan 2005.   
 

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