Marcadores

terça-feira, 8 de junho de 2010

A Copa do Mundo de Futebol de 1970 é parte da minha história

Foto estraída do orkut da Maria Lúcia Cabral Furtado
Estou em época de Copa do Mundo e quem não está? Mais uma vez, vou a reboque da história. Lembro que a Prefeitura de Itaituba colocou um alto-falante no prédio do antigo mercado de carne de Itaituba, onde havia os bares “O Globo no Ar” de propiedade de meu pai Fran Mendonça, o bar “Ponto Chic” de propriedade do Sr. Atônio Rubens e a “barbearia do Montel”. Ali a população que não possuia rádio, se posicionou para ouvir a partida de futebol. Após a calorosa goleada aplicada pelo Brasil de 4x1 na Itália, foi a conquista do tricampeonato. A população saiu em passeata comandada pela D. Didi do Seu Tibiriçá. A pacata cidade de pouco mais de 1.000 habitantes foi ao delírio! Pasmem, tive a oportunidade de ouvir o jogo em um rádio Transglobe sintonizado na rádio Globo do Rio. O sofrimento era grande. Em alguns momentos o sinal ia desaparecendo e íamos à loucura. Mas a emoção era grande e nem pensar em desistir.


Tive o privilégio não só de tocar, mas de elevar a Taça Jules Rimet na cidade de Santarém. Estávamos em plena ditadura militar, mas sempre a nossa região era lembrada e brindada com filmes e visitas ilustres.  A Taça Jules Rimet, ficou exposta à visitação na agência do Banco do Brasil, situada à Rua Rui Barbosa esquina com a Travessa dos Mártires, ainda em construção. A passeata com a taça percorreu a cidade de Santarém, em uma pá-mecânica, elevada ao alto pela jovem muito bonita de nome Hélem Colares.Tudo era muito real!

"As lembranças nos brindam com  essa felicidade, por ter vivenciado esses momentos de glória, juntamente com povo brasileiro".

17 comentários:

  1. Armando;
    Note bem! O carro de propaganda volante do meu Pai João Sílvio, estava puxando essa passeata. A pá-mecânica com a moça linda em cima, me marcou também. O carro de propaganda era um Jeep Willys, com dois projetores(auto-falantes;boca-de-ferro) em cima. Eu e o mano Arturo, estavamos no Jeep, com Papai. O final da passeata, foi na Praça do Pescador,próximo do Bar Mascote foi inaugurada uma replica da Taça.
    Vou copiar a foto e mostrar para a Mamãe, ela sempre fica emocionada. Ela lembra sempre,o apoio recebido, pelo FRAN e por Toda a FAMÍLIA dele,logo que chegou aqui em Belém, em 1985, vindo de Santarém, pra começar tudo de novo e "sem um pau pra dar num gato".
    Lembro também, que umas das primeiras vezes que fui a Mosqueiro, foi com você, em um Fusca, lotado. No caminho vimos um acidente grave, na BR. Onde hoje é a Jacauna, era um posto de gasolina, o Fusca, na saida do posto bateu de frente com um caminhão e pegou fogo, os ocupantes do Fusca morreram carbonizados.
    O melhor foi o passeio na Praia do Farol e a alegria sempre contagiantes de sua Família, em todos os eventos.
    Beijos Fraternos.

    João Sílvio Jr.

    ResponderExcluir
  2. Caramba!
    Gosto muito de ler essas histórias. As vezes me dá vontade de ter vivenciado tudo isso!
    Direto do extremo norte,

    Kauê Mendonça

    ResponderExcluir
  3. Quando eu digo que você não existe acham que estou exagerando, mas você meu amigo me remete a cada lembrqanca e me faz buscar na história do nosso povo razão para um montão de coisas, aproveitando que estou no Pais onde o Brasil deu a arrancada para essa bela história de futebol sagrando-se campeão, vou tirar umas fotos em frente ao estádio onde o pelé aos desessete anos comecou a sua famosa trqajetória internacional, da copa de 70 eu lembro bem da trilha sonora,kkkkk
    Um beijo Armando e continue refrescando a nossa memória com tão saborosos fatos!
    Sua amiga para sempre Arlene!

    ResponderExcluir
  4. Parabéns pela memória!
    Você sabia, que o fusquinha era um táxi de placa AT-1581, equipado com um rádio-táxi PSQ-3027, Pioneiro em Belém.
    Naquela época a economia era estável, mesmo ganhando o mísero salário do estado trabalhando na FBESP, eu tinha o privilégio de passar alguns fins de semana em Salinas. Hoje precisamos fazer aquela ginástica para atingir esse objetivo.

    ResponderExcluir
  5. O GLOBO NO AR, que saudade velho domingo missa picolé sorvete após a missa, como dizia um grande amigo meu filosofo pulta que pariu esse retrato é muito lindo.
    CTA Mendonça

    ResponderExcluir
  6. Lembranças...Lembranças e claro, saudades de uns tempos idos que deixaram marcas.
    Ainda bem que o tempo passou...O progresso tem marcado presença, mas a "teimosia" do meu pai tem mantido O Globo no Ar sem as alterações que o progresso oferece e assim, junto com as inúmeras lembranças de mais de meio século vivido, a certeza de que em qualquer momento de retorno, vou encontrar este mesmo Globo no AR, que a foto tão bem retrata.
    Valeu Armando...Sempre vale a pena dá uma passada pelo teu blog...Ainda bem que existem pessoas iguais a ti que não deixam o tempo apagar o passado.
    Abraços...Socorro Neves

    ResponderExcluir
  7. Respostas
    1. As rurais de Itaituba: Primeiro do seu Didi, depois a do Samuca e a do papai que ele comprou do tio Celine.

      Excluir
  8. Bem, em 70, estava em Santarém, era o "Aluno 70 TG 08/190 Santarém", última turma do saudoso Tiro de Guerra. Ainda durante o jogo, tomamos na casa do Tio Lázaro e Tia Consolo, muita caipirinha, o suficiente para me "acabar" nas praias da Prainha, abaixo da Prefeitura, fui levado para casa, não sei por quem. Pileque memorável, sem repeteco ahahaha. Viana: a Rural era a do Seu Toti.
    Francisco Mendonça Filho
    " A imaginação é mais importante que o conhecimento "
    ( Alberto Einstein )

    ResponderExcluir
  9. Amigo Bida,
    Eu estava lá, também. Lembro da narração emocionante de Valdir Amaral e Jorge Cury pela Rádio Globo do Rio de Janeiro; e lembro, também, que eu de tão nervoso - depois do primeiro tempo acabar 1x1 - fui ouvir o segundo tempo do jogo trepado numa goiabeira do quintal de casa, ali na Trav. Justo Chermont. Escrevendo agora, tenho a sensação de que 1970 foi um dia desses, logo ali.
    Me arrisco a te corrigir: acho que a moça bonita que carregava a Taça Jules Rimet em Santarém era a Carmen Colares, irmã da Ana Clotildes, e não Helem Colares. Certo?
    Um grande abraço e obrigado por nos fazer revisitar esses momentos inesquecíveis de nossas vidas.
    Paulo Eduardo Cabral Furtado

    ResponderExcluir
  10. A Carmen Colares também era uma moça muita bonita, mas quem elevava a a Taça era a Hélen Colares irmã da Dijelma. Agora você lembrou?
    No primeiro relato citei a lanchonete do Waldomiro Vasquez, mas fui corrigido pelo Wilson que ouviu o jogo de cima da marquize da tua casa.
    Abraço!

    ResponderExcluir
  11. Armando,

    Essa verdadeira volta no tempo nos obriga a refletir e tomar medidas concretas para preservar a memória histórica de Itaituba. Sei que alguns momentos já se foram na poeira da história e na falta de memória. O ponto chic perdeu suas características originais, o mercado de carne não existe mais etc. Agora só nos resta a memória eletrônica que ameniza um pouco a dor e saudade dos tempos idos. Parabens pelo trabalho e pela perseverança.

    Abraço.
    Aldir Viana.

    ResponderExcluir
  12. Saudades de meu pai...

    Falar sobre pai é falar de amor paternal, de amigo, de referência!
    Sentir sua falta é algo inexplicável. Mas, tentarei expressar esta saudade, através dessas humildes palavras com muita dor.
    Pai... Sinto tanto a tua falta, sinto falta da sua voz que me aconselhava com ternura, do seu olhar sereno com doçura, sério com humor, de suas mãos me reerguerem quando eu caia de seu abraço que me envolvia, quando eu chegava de viagem.
    Pai, com sua proteção eu nada temia! E seus conselhos eram para o meu bem... Pai eu estou tantas saudades! Sem invejar, vejo as pessoas que tem pais vivo que muitas vezes os maltratam com gestos e palavras, não valorizam, então penso:
    Pai daria tudo para poder novamente sua mão segurar, lhe abraçar, lhe beijar sentir que você ta perto de mim, seus olhos pequenos a me contemplar sua voz ouvir, e ter uma nova chance de dizer: EU TE AMO!
    E ser carinhoso, menos teimoso, ter tempo para conversar os seus assuntos preferidos.
    Pai e Mãe... Não deveriam jamais morrer!
    Quanto mais eu vivo é pouco para dizer: Eu te amo meu PAI! Quem tem seu pai vivo, não desperdice o tempo, fale sobre o seu amor por ele HOJE... Pois, AMANHÃ pode ser tarde demais...
    Seus filhos Altair Sebastião Viana da Silva, Rafic, Ivanilda, Adalberto, Artemio, Aldir, Aurimar, Ana Maria, Maria Amenaide, Altamiro Filho, Aglacy e mamãe!

    ResponderExcluir
  13. Prezado amigo Armando, que nostalgia gostosa ! O nosso O Globo no Ar. Gostaria que vc relatasse o porquê do nome. Com certeza muita gente não sabe ! Abraços do amigo Heldo Gomes.

    ResponderExcluir
  14. A pedido do meu amigo Heldo Castro, a história do bar "O Globo no Ar".

    ResponderExcluir
  15. A taça Jules Rimet foi levada a Santarerm por iniciativa de meu pai, então Maj Ribeiro, oficial Engenherio do Exército (IME 1959) , arma de Engenharia, transferido de Lages-SC para Santarem naquele ano de 1970, como todo o 2BRV para constituir o 8BEC -vibrador pela Engenharia Militar e pelo desafio da missão amazônica, fez de um encontro casual um evento para a cidade de Santarem.
    Encontrou seu colega de turma, então Maj Calomino, da Escola de Educacao Fisica do Exercito, Rio de Janeiro, em um vôo para Manaus.
    - " Calomino, o que vc faz por aqui?"
    - " Estou com a Julinha" .
    - " Que Julinha??"
    - " A Taça Jules Rimet! Estamos viajando as capitais do país em uma exposição itinerante nas agências do Banco do Brasil."
    - " Calomino, Vc tem que ir a Santarem! Estamos começando a Santarem-Cuiabá !! "
    - " Se vc conseguir avião , hospedagem, tudo, vamos lá! "
    E assim o Maj Jaime Ribeiro começou os contatos com a prefeitura e o Banco do Brasil de Santarem. Ao solicitar em Manaus ao comandante da Aeronáutica da região Norte um avião da FAB, este lhe falou :
    - " Não vou lhe dar um piloto para isso... eu mesmo quero pilotar esse avião !"

    E assim foi em Santarem , Dez1970, como descrito pelo caro Armando Mendonça, sendo que eu mesmo não tive a satisfação de tocar a taça, pois embora meu pai estivesse transferido para Santarem, sua família só mudou-se de Lages em Abril de 1971. De fato a prefeitra fez um monumento proximo ao porto e o Bar Mascote alusivo ao evento, mas soube que o tempo levou e não mais existe. Fico feliz em saber o nome da moça Helem Colares fotografada na caçamba da pá escavadeira, e que pode ser vista nas imagens daquele dia memorável, desde o aeroporto, passeata e simbólica ação na construção da estrada Santarem-Cuiaba no youtube, fotografias de meu pai postadas por mim - edumarcelribeiro.

    ResponderExcluir