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quinta-feira, 26 de abril de 2012

Fotos de ONG mostram obras da usina de Belo Monte na Amazônia



Imagens do Greenpeace revelam supressão da floresta e impacto em rio.
Norte Energia afirma que investe R$ 3,2 bi como contrapartida ambiental

Barragem construída pela Norte Energia corta Rio Xingu, na região de Altamira, no Pará. (Foto: Divulgação/Greenpeace/Marizilda Cruppe)Barragem construída pela Norte Energia corta
Rio Xingu, na região de Altamira, no Pará.
(Foto: Divulgação/Greenpeace/Marizilda Cruppe)
A organização ambiental Greenpeace divulgou na última semana imagens feitas durante dois sobrevoos realizados na região de Altamira, no Pará, onde são realizadas obras da usina hidrelétrica de Belo Monte, construção polêmica do governo federal no Rio Xingu.
As fotos mostram trechos de floresta amazônica que foram suprimidos para a construção, além da movimentação de máquinas e caminhões na região.
Segundo o Greenpeace, a área já sofre com impactos da obra como o adensamento demográfico em Altamira. Levantamento feito pela ONG aponta que o empreendimento pode desalojar até 40 mil pessoas devido ao alagamento de uma área equivalente a 516 km².
A Norte Energia, empresa responsável pela construção e futura operação de Belo Monte, informou que deve investir R$ 3,2 bilhões em ações socioambientais na região, privilegiando as áreas da saúde, educação, geração de emprego, renda e segurança pública.
A companhia afirma que, embora o inventário florestal ainda não tenha sido concluído, “é possível informar que 60% da área ocupada por Belo Monte é constituída por pastagens e vegetação secundária antropizada (cobertura nativa substituída pela agricultura)".
A responsável pelas obras disse também que não haverá impacto em terras indígenas na região do Rio Xingu e que o Projeto Básico Ambiental (PBA) foi desenvolvido para Belo Monte a partir da licença ambiental concedida pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais (Ibama).
Barragem construída pela Norte Energia corta Rio Xingu, na região de Altamira, no Pará. (Foto: Divulgação/Greenpeace/Marizilda Cruppe)Canteiro de obras da Norte Energia na região de Altamira, no Pará. (Foto: Divulgação/Greenpeace/Marizilda Cruppe)
Obra
A hidrelétrica ocupará parte da área de cinco municípios: Altamira, Anapu, Brasil Novo, Senador José Porfírio e Vitória do Xingu. Altamira é a mais desenvolvida dessas cidades e tem a maior população, quase 100 mil habitantes, segundo o IBGE. Os demais municípios têm entre 10 mil e 20 mil habitantes.

Belo Monte custará pelo menos R$ 25 bilhões, segundo a Norte Energia. Há estimativas de que o custo chegue a R$ 30 bilhões. Trata-se de uma das maiores obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), uma das principais bandeiras do governo federal.
Apesar de ter capacidade para gerar 11.200 MW de energia, Belo Monte não deve operar com essa potência. Segundo o governo, a potência máxima só pode ser obtida em tempo de cheia. Na seca, a geração pode ficar abaixo de 1.000 MW. A energia média assegurada é de 4.500 MW.
Para críticos da obra, o custo-benefício não compensa. O governo contesta diz que a geração menor evita um alagamento maior e que a energia é fundamental para o país.
Trecho de floresta que foi suprimido para construção da usina hidrelétrica. (Foto: Divulgação/Greenpeace/Marizilda Cruppe)Trecho de floresta que foi suprimido para construção da usina hidrelétrica. (Foto: Divulgação/Greenpeace/Marizilda Cruppe)http://g1.globo.com/natureza/noticia/2012/04/fotos-de-ong-mostram-obras-da-usina-de-belo-monte-na-amazonia.html

terça-feira, 17 de abril de 2012

Deputado Paxiúba libera quatro milhões em emendas para municípios da região sudoeste

EMENDAS INDIVIDUAIS – DEP. DUDIMAR PAXIÚBA – 0GU/2012
MINISTÉRIO/ORGÃO
VALOR TOTAL
MUNICÍPIO
VALOR POR MUNICÍPIO
FUNASA
   R$ 750.000,00
Itaituba
Jacareacanga
Rurópolis
R$ 250.000,00
R$ 250.000,00
R$ 250.000,00
CIDADES (SEDURB)
R$ 1.000.000,00
Itaituba
Novo Progresso
R$ 500.000,00
R$ 500.000,00
TURISMO
R$ 1.000.000,00
Aveiro
Itaituba
Rurópolis
R$ 250.000,00
R$ 500.000,00
R$ 250.000,00
SAÚDE
R$ 500.000,00
Aveiro
Itaituba
Rurópolis
R$ 150.000,00
R$ 250.000,00
R$ 100.000,00
AGRICULTURA
R$ 750.000,00
Itaituba
Rurópolis
Trairão
R$ 250.000,00
R$ 250.000,00
R$ 250.000,00
TOTAL
R$ 4.000.000,00


Depois de uma reunião com técnicos e assessores, o Deputado Dudimar Paxiúba definiu o valor e também os municípios que serão beneficiados com um montante de 4 milhões de reais.
Conforme pode ser observado na planilha, foram agraciados os municípios de Itaituba, Novo Progresso, Rurópolis, Aveiro, Trairão e Jacareacanga.
Como as emendas individuais são alocadas de um ano para o outro, as populações desses municípios começam a colher frutos de um mandato verdadeiramente popular.
Postado por João Paxiúba às Terça-feira, Abril 17, 2012 

sábado, 14 de abril de 2012

Acompanhando o Deputado Federal Dudimar Paxiuba na Câmara dos Deputados


Logo Câmara dos DeputadosBoletim Acompanhe seu Deputado
Brasília, sábado, 14 de abril de 2012

Deputado(a): DUDIMAR PAXIUBA - PSDB/PAPeríodo: 31/03/2012 a 13/04/2012

PROJETOS DE LEI E OUTRAS PROPOSIÇÕES APRESENTADAS
DataProposição
04/04/12DIS 8643/2012 - 
DISCURSOS PROFERIDOS
DataHoraSumário
04/04/1215h33Descaso com a saúde dos indígenas da etnia munduruku, no Município de Jacareacanga, Estado do Pará. Apoio às reivindicações da comunidade indígena. Apelo ao Ministro da Saúde, Alexandre Padilha, de adoção de providências sobre o assunto. (Pequeno Expediente)
VOTAÇÕES
DataProposiçãoFrequência na sessãoVoto
10/04/12MPV Nº 549/2011 - DVS - DEM - expressão "medicamentos" Art. 8º PLVNão
10/04/12PEC Nº 153/2003 - 2º TURNOSim
11/04/12MPV Nº 551/2011 - DVS - PT - exp. "provenientes...público", do Art. 1º do PLVNão
11/04/12MPV Nº 551/2011 - DVS - PSDB - Emenda nº 9Sim
NOTÍCIAS VEICULADAS NOS ÓRGÃOS DA CASA 
JORNAL DA CÂMARA
11/04/12PLENÁRIO - Saúde dos índios  - Dudimar Paxiúba (PSDB-PA) manifestou solidariedade às comunidades indígenas mundurucu no Pará, que sofrem, segundo ele, com o descaso dos órgãos responsáveis no governo federal pela promoção da saúde....
Fale com o Deputado: dep.dudimarpaxiuba@camara.gov.br
Logo Boletim da Câmara dos DeputadosData provável do próximo envio: 28/04/2012.

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quarta-feira, 11 de abril de 2012

Jô Soares entrevista César Eduardo Fernandes 09/04/2012


PAPO DE UTILIDADE PÚBLICA

César Eduardo Fernandes, é obstetra, ginecologista e especialista em HPV, doença sexualmente transmissível. Vai falar tudo sobre formas de contágio, prevenção, incidência na população e tratamentos. César fez mais de 20 mil partos em sua vida e é o presidente da Sociedade de Ginecologia e Obstetrícia do Estado de São Paulo.

segunda-feira, 9 de abril de 2012

No meio da Amazônia, Fordlândia vive era de desmanche e furto à espera de tombamento


Carros são roubados e desmanchados em várias cidades do país. Mas há uma localidade no interior do Pará que está sendo despedaçada por furtos. E a coincidência é que foi criada por uma montadora de carros: a multinacional norte-americana Ford e seu fundador.

Idealizada por Henry Ford nos anos 20 do século passado, a Fordlândia não chegou a vingar como centro de produção de borracha em plena selva amazônica, mas deixou um patrimônio histórico quase inabitado para o município de Aveiro (região oeste do Pará) e desconhecido dos brasileiros. Apesar da importância dos prédios construídos pela Ford, o local não tem a devida manutenção, ainda aguarda definição sobre o processo de tombamento e sofre com ação do tempo e de vandalismo


Na última semana, após recomendação do Ministério Público Federal (MPF), a prefeitura baixou uma portaria, determinando que a administração da vila de Fordlândia notifique sempre os casos de depredação dos edifícios e casas. Para os procuradores, o município precisa atuar com mais rigor contra a destruição do patrimônio, que foi verificada em análise in loco.    

Onde estava o campo de golfe com nove buracos, que deleitava os chefes norte-americanos, serve hoje de pastagem para bois --destino semelhante aos seringais, que foram derrubados para dar lugar à grama. Já as quadras de tênis são usadas como currais das vacas.

Muitas das obras precisam de manutenção urgente. Segundo o MPF, o antigo hospital, o galpão do trapiche e as casas da Vila Americana foram os locais mais afetados e que mais precisam de atenção especial.
À espera do tombamento
A região que guarda todas as construções de um projeto audacioso, mas fracassado, está sendo estudada pelo Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional), que vai decidir se o local fará mesmo parte do patrimônio histórico nacional. Porém, não há prazo para conclusão do processo, que começou há pelo menos seis anos. 
“Mas até que saia a análise, a área é considerada protegida. Esse processo passa por técnicos daqui e de Brasília, e normalmente é demorado porque necessita de estudos históricos detalhados”, explicou a técnica em arquitetura e urbanismo do Iphan no Pará, Tatiana Borges.
Segundo o Iphan, o hospital e uma das casas da vila foram completamente destelhados nos últimos anos, conforme análise feita no local. “Tudo isso está sendo apurado. Tem gente que diz que as telhas foram retiradas com autorização. Tem uma parte dos galpões industriais, na área do cercado, que está desocupada. E as casas estão bem avariadas, porque ficam abandonadas, e as pessoas começam a depredar”, explicou.
Borges ainda afirmou que o município de Aveiro assinou um termo para garantir a conservação e, em contrapartida, receberá recursos federais para reformar o local. “É por meio do PAC [Programa de Aceleração do Crescimento] das cidades históricas, em um acordo com a prefeitura. Em caso de prédios históricos, um imóvel precisa de manutenção, restauração e proteção. Se você restaura e não fiscaliza, fica à mercê de vândalos”, disse a técnica.

Sobre a responsabilização pelos danos, o Iphan acredita que a culpa é do município que agora se comprometeu a fiscalizar a região.

“Nós ficamos fiscalizando à distância. Nosso quadro técnico é reduzidíssimo. Pedimos que as prefeituras fiscalizem, pois é muito mais fácil para eles, que estão perto, do que para nós. No caso da Fordlândia, houve esse comprometimento também do município”, afirmou.

Ciclo da borracha
O ciclo da borracha transformou a Amazônia na região mais rica do país no final do século 19, cuja síntese máxima é o suntuoso teatro Amazonas, em Manaus, com seus mármores italianos e seu entorno com ruas emborrachadas para evitar que o barulho das carruagens atrapalhasse os recitais líricos.

ONDE FICA O PARÁ FORDISTA
Mas a situação mudou quando o inglês Henry Wickman inaugurou a “biopirataria” e levou sementes e mudas para as colônias britânicas na Ásia. Na primeira década do século 20, os barões da borracha não conseguiam fazer mais frente ao preço barato do látex extraído das plantações na Malásia, Sri Lanka e Indonésia.
Irritado com o quase monopólio dos britânicos em relação ao produto que garantia os pneus de seus veículos, Henry Ford imaginou reproduzir no Pará as fazendas de Hevea brasiliensis nos moldes asiáticos e não do jeito original (espalhada pela floresta, o que obrigava o seringueiro a percorrer longos caminhos).
Idealizador da revolucionária linha de montagem, que reinventou o capitalismo, Ford queria controlar toda a cadeia de produção. Nos EUA, ele tinha minas de ferro e carvão, que iam para suas metalurgias para forjar as peças automotivas. Por isso, não é de se estranhar que ele quisesse produzir a matéria-prima para seus pneus e todas as partes emborrachadas de seus carros.
O homem mais rico do mundo à época só não contava que a seringueira sofria com pragas de fungos e parasitas em seu local original (o que não acontecia na Ásia). E uma planta ao lado da outra só aumentava a velocidade da infestação.
A produção em Fordlândia e Belterra nunca chegou a 1% do total mundial, mesmo durante a ocupação japonesa das plantações no Sudeste Asiático. E a empresa ainda sofreu com greves, motins, oposição dos antigos barões paraenses e dos políticos locais --inclusive da prefeitura de Aveiro, que hoje tem que zelar pelo que restou da aventura fordista.
Fordlândia saiu do papel em 1927, mas, após pestes nas plantações e motins de seus trabalhadores, ganhou em 1934 uma cidade-irmã: Belterra, na outra margem do Tapajós, um dia e meio rio acima. Esse projeto também não foi bem-sucedido, mas, pelo menos, o local ficou como sede de um município, e as edificações por lá estão preservadas. A Ford abandonou seus empreendimentos brasileiros em 1945, que ficaram a cargo do Ministério da Agricultura por mais uns anos até caírem no descaso.
Em 1945, o latéx sintético finalmente ficou comercialmente viável graças ao acordo dos EUA com a Arábia Saudita, que passou a vender barato o petróleo que substituía a seiva amazônica como base da borracha. Em 1951, o país das seringueiras vive um momento revelador do fim de um ciclo econômico: no porto de Santos chega o primeiro carregamento de borracha vinda de Cingapura.
A triste coincidência histórica é que atualmente Detroit (EUA), conhecida como “Motor City”, também vive um processo de deterioração que acompanha toda indústria automobilística norte-americana. Vários prédios que foram da Ford na região de Michigan estão em ruínas como na brasileira Fordlândia.