Antônia Mendonça, o símbolo da mulher e mãe incansável

Ontem, 04 de janeiro de 2012, às 03 horas e 15 minutos, fomos surpreendidos com o falecimento da nossa mãe Antônia Araújo de Mendonça.

A mulher

Está entre as mulheres que sempre trabalharam e vibraram pela educação de seus filhos, hoje preparados para a vida. Era incansável no trabalho dedicada a família. O braço direito do seu marido Fran Mendonça. Viveu parte de sua vida na comunidade Paraná-miry, onde era o sustentáculo na infraestrutura do barracão de meu avô Manoel Lauro Figueira de Mendonça. Ali funcionava o point de aviamento de mercadorias para manutenção dos comboios que partiam do Paraná-miry até os limites do município de Itaituba e Altamira. Além dos onze filhos, abrigava outros jovens aos quais dispensava sem distinção, o mesmo tratamento.

A religiosa

Teve sua vida cristã pautada na religião católica, sempre cumprindo suas obrigações seguindo o que preconiza os dogmas da Igreja. Integrava o grupo religioso Apostolado da Oração, membro do Clube de mães de Itaituba. Frequentadora assídua e participante nas organizações dos eventos da Igreja Católica de Nossa Senhora Sant’Ana. Fez a sua parte em incentivar o culto a Deus a cada um de seus filhos proporcionando a todos os sacramentos do batismo, primeira comunhão e da crisma.

Participante da história

Presenciou em 1958 da prisão do Major Veloso, que insurgiu contra o governo de Juscelino Kubistchek, na tentativa de derrubá-lo, quando foi preso no chamado barracão no Paraná-miry, casa de propriedade do meu avô.

Foi colaboradora nas ações sociais do município de Itaituba, na administração Fran Mendonça, nos anos de 1983 e 1984.

Humor

O seu bom humor era contagiante, sempre com seus trocadilhos pilhéricos que arrancavam sorrisos. Vivia a maior parte do tempo sorrindo apesar do sofrimento das doenças adquiridas com estresse crônico pelo excesso de trabalho da sua rotina diária.
Enfim, a saudosa mãe, irmã, tia, avó, cunhada, nora e madrinha de uma infinidade de crianças. Todos esses dotes farão muita falta para nós da família.

Agradecimentos

A todos que compartilharam do nosso sofrimento com o falecimento da nossa mãe Antônia Araújo de Mendonça, aos que não foram informados, aos que não conseguiram chegar até nós, saibam que suas palavras de conforto, foram recebidas com muito carinho. Apesar de sabermos, que esta vida material tem começo, meio e fim, mesmo assim, continuamos atrelados às faculdades que são inerentes ao homem: o sentimento, a emoção, o desejo egoísta de querer que o ente querido seja eterno entre nós, as energias que aumentam com a convivência e se propagam de uma forma que se entranham  contribuindo com esse apego ao mundo material. Mas, a fé que habita em cada um de nós nos dá a certeza de que o chamado de Deus é o alento que nos permite a compreender melhor e aceitar essa ruptura entre a vida e morte.

O nosso muito obrigado e que Deus continue habitando em nós.