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quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Caetano Veloso - CAJUÍNA

Aqui, um depoimento pessoal de Caetano sobre “Cajuína”. Clique e assista: http://www.youtube.com/watch?v=S5NxSwkwx-o).




Para quem gosta de música, aí está a história da música "Cajuína" de Caetano Veloso.

O texto é de Paulo José Cunha primo de Torquato Neto, pai da Mayra filha da Fatita do seu Eça Mesquita, um Itaitubense inesquecível pelo sua humildade, descontração e humor:

Uma cajuína para Tio Heli

Paulo José Cunha

A canção “Cajuína”, de Caetano Veloso, belíssimo baião metafísico que levanta a indagação essencial do homem neste mundo (“Existirmos. A que será que se destina?”) foi composta por causa de Tio Heli. Caetano havia chegado a Teresina para um show, estava muito triste. Retornava pela primeira vez à cidade onde havia nascido um de seus principais parceiros na Tropicália e seu grande amigo, o poeta Torquato Neto, meu primo, que havia se suicidado em 1972. Caetano procurou Tio Heli, pai de Torquato. Já se conheciam do tempo em que Tio Heli ia a Salvador ver Torquato, que estudava na mesma escola de Caetano. Levou Caetano pra casa, serviu-lhe uma cajuína, e procurou consolá-lo, pois Caetano chorava muito, convulsivamente. Em determinado instante, Tio Heli saiu da sala e foi ao jardim, onde colheu uma rosa-menina, que deu a Caetano ("pois quando tu me deste a rosa pequenina/vi que és um homem lindo..."). Ali mesmo os versos de “Cajuína” começaram a surgir, entre antigas fotos do menino Torquato, penduradas pelas paredes.


Tio Heli era dessas pessoas inesquecíveis. Alto, magro, empertigado, adorava caminhar pelas ruas da cidade. Era um caminhador dedicado. Só ultimamente, em razão da idade avançada e do crescimento da cidade, passou a andar de carro. Era avistá-lo ao longe, vindo com suas largas passadas, e logo ele abria os longos braços, preparando o abraço aconchegante, o pedido de bênção (sim, todos em Teresina, jovens e velhos tomavam-lhe a bênção). Xingava amorosamente o abraçado (“seu F...da...P..., não tem vergonha, se esqueceu de mim?”). Fazia um agrado e seguia caminho.

Espírita, amigo pessoal de Chico Xavier, Tio Heli foi um dos mais fiéis seguidores de Kardec, que centrou sua doutrina na caridade. Montou diversas creches em Teresina, salvou a vida de algumas centenas de crianças. Era de vê-lo entrando no Palácio de Karnac, sede do Governo do Piauí, para exigir do governador “leite para minhas crianças”. Não admitia histórias sobre empenhos, prazos para liberação de verbas e outras mutranhas da burocracia. Sabe-se lá como saía de lá com os mantimentos, ou com o dinheiro para adquiri-los. Promotor público aposentado, depois da morte de Torquato passou a usar integralmente o dinheiro da aposentadoria para custear as creches onde salvava as crianças desamparadas. As que chegavam sem registro ganhavam nomes de parentes ou de amigos. Uma vez me disse que havia uns três ou quatro paulos josés por lá...

Este foi o homem que nos deixou. Uma espécie de Quixote sertanejo, de gestos largos, de largos delírios, de intensas efusões de carinho. Um homem feito de afeto. Há pessoas que já chegam ao mundo eternas. Tio Heli é uma delas. Correu a notícia de que teria morrido, no que não acredito. Como acreditar que uma pessoa eterna tenha morrido? Tenho a mais absoluta certeza de que, na próxima visita à minha Teresina, ao entrar na Félix Pacheco, vou avistá-lo, com suas pernas longas e os passos largos e rápidos, a descer a rua, de braços abertos, vindo ao meu encontro. Eu me aconchegarei dentro de seu abraço, beijarei seu rosto cheiroso a loção de barba, e lhe tomarei a bênção.

terça-feira, 28 de setembro de 2010

'Voltei à minha ex-empresa e ninguém me recebeu'

O fato narrado por Max Kening da CBN, me fez lembrar a experiência vivenciada
no serviço público.

Tenho vinte e oito anos de serviço público estadual, grande parte desse tempo exercendo cargos comissionados, onde o tratamento dispensado pelos colegas de trabalho parecia verdadeiro. Bastou que eu fosse exonerado por iniciativa própria ou por iniciativa do governo, para sentir a diferença de tratamento dispensado por esses colegas. Sei que em uma empresa, como em qualquer relação fora do trabalho, são poucos os que podemos considerar como amigos. Lembro muito bem quando exerci um cargo de diretor e me relacionava diariamente com o superior de outro órgão com quem mantinha uma relação de grande amizade. Após ter deixado o cargo continuei fazendo minha visita de rotina. Percebi que o gestor passou a não me receber com a mesma frequência. O interpelei e perguntei o porquê de não estar me recebendo mais. Ele me respondeu: é que não trabalhamos mais juntos. Então caiu a ficha, percebi que havia confundido o relacionamento profissional com o pessoal, apesar de que hoje somos grandes amigos . Dai a identificação com o áudio apresentado abaixo.


quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Eduardo Marques: "O estudo ajuda, mas não basta para sair da pobreza"

O cientista político diz que as relações sociais dos pobres são fundamentais para produzir novas políticas sociais.

Mariana Sanches - Época

A teoria que relaciona poucos anos de estudo à baixa renda tornou-se lugar-comum na literatura mundial sobre pobreza. Para o cientista político Eduardo Marques, da Universidade de São Paulo, a relação entre escola e pobreza não é errada. Apenas não explica tudo. “Encontrei pessoas com os mesmos anos de estudo, moradoras de um mesmo bairro e com histórias de vida parecidas em que uma delas tinha condição de vida melhor que a outra”, diz Marques. Depois de quatro anos de pesquisa em sete áreas pobres de São Paulo, replicadas agora em Salvador, ele concluiu que o conjunto de relações sociais dos indivíduos – a que chama de redes – pode ser mais importante do que os anos de escola na hora de determinar se alguém terá emprego ou não. Enquanto um ano a mais na sala de aula aumenta em R$ 7 a renda mensal, um padrão de redes específico traz a ele R$ 59 a mais. Os resultados obtidos por Marques, inéditos no Brasil e a ser publicados no fim de setembro, apontam para uma nova geração de políticas sociais. O combate à pobreza pode estar menos ligado a dar dinheiro aos pobres do que a criar oportunidades de novas relações para eles. Marques, no entanto, admite que nenhum governo no mundo sabe ainda como influenciar as redes sociais.

ENTREVISTA - EDUARDO MARQUES

QUEM É è Livre-docente em ciência política da Universidade de São Paulo e pesquisador do Centro de Estudos da Metrópole (CEM)

O QUE FAZ è Coordena a área temática de políticas públicas da Associação Brasileira de Ciência Política

O QUE PUBLICOU è Lança neste mês o livro Redes sociais, segregação e pobreza, em parceria do CEM com a editora Unesp

ÉPOCA – Por que o senhor acha que as redes sociais explicam a pobreza? Eduardo Marques – Meu principal adversário em termos de argumento é a literatura que diz que a pobreza está associada a certos atributos, o principal deles é a escolaridade. Então indivíduos de menor escolaridade são mais pobres, e ponto. Encontrei algo no meio que faz com que indivíduos que tenham iguais atributos, mas relações sociais diferentes, tenham situações sociais distintas.

ÉPOCA – Mas a escola é importante? Marques – Certamente influencia a condição de vida, assim como outras coisas influenciam também. Meu argumento é que relações sociais cotidianas contribuem para a pobreza e a reprodução da pobreza. E isso está ausente do debate brasileiro.

ÉPOCA – As relações sociais de um indivíduo são determinantes para que ele seja pobre? Marques – Não são determinantes. Mas a variável que mais explica a chance de alguém ter emprego – num modelo que leve em conta atributos pessoais e a rede de relações – é justamente a rede. Mais que a escolaridade. Há quatro tipos de redes que explicam 93% dos casos das relações dos pobres. Há aqueles que têm redes pequenas, compostas de pessoas territorialmente próximas, em geral família, vizinhos ou amigos. O exemplo clássico são os idosos. Há aqueles com redes grandes, mas também com relações locais. Tipicamente, essa é a situação do soltador de pipa, que passa o dia todo na laje e cumprimenta todo mundo que passa. Há gente com redes médias com as mesmas características das anteriores. E, por fim, há as redes médias pouco locais e menos baseadas em família e vizinhos. Esse tipo de rede, que chamo de rede de “vencedor”, tem grande impacto na renda do indivíduo.

ÉPOCA – É possível medir isso? Marques – Constatei que, a cada ano a mais na escola, os pobres ganham, em média, R$ 7 a mais na renda per capita. Se alguém tem essa rede de “vencedor”, acrescenta R$ 59 à renda. É o correspondente a oito anos de estudos. É preciso fazer a ressalva de que os anos de estudos variam pouco entre os pobres, porque eles têm baixa escolaridade. Se levássemos a classe média em conta, a variável de anos de estudos talvez ganhasse efeito maior, porque variaria de 0 a 18 anos, enquanto entre os pobres vai até a 4ª ou 5ª série. As redes ainda trazem outros ganhos. Para quem tem emprego fixo ou aposentadoria, ter relações com quem também tenha rendimento estável aumenta a renda. Para os isolados territorialmente, quanto maior a quantidade de ambientes em que circulam (família, vizinhança, igreja, trabalho), maior a renda.

ÉPOCA – Por que isso acontece? Marques – Quanto mais ambientes diferentes alguém pode acessar, mais informação diferente pode receber. Essa é uma diferença fundamental entre as redes de classe média e as de pobre. As redes de classe média têm mais esferas de relações, grande predominância do trabalho e de contatos que vieram da vida escolar. Para os pobres, isso é menor.

ÉPOCA – Mas o que as redes fazem? Marques – As redes influenciam o acesso a bens e serviços. E também a apoios sociais que não são mediados por dinheiro. Há mecanismos que explicam por que as redes são como são e como os indivíduos as mobilizam. Cheguei à conclusão de que as redes de pobres não só são menores que as de classe média, como as relações dos pobres eram mais recentes. E isso porque há algo que chamo de economia dos vínculos. Criar vínculo e, especialmente, manter vínculo é custoso financeiramente, psicologicamente e em termos de tempo. Você tem de ligar, dar presente no aniversário, visitar, conversar. Os pobres jogam fora regularmente uma parcela grande de suas redes, diferentemente da classe média, pois não têm como fazer frente a esses custos. Há um segundo mecanismo interessante: a escolaridade. Quando olhávamos adolescentes de 16 anos pobres e de classe média, suas redes eram muito parecidas. Eram grandes, locais e de relações com pessoas muito parecidas com eles, família e amigos. Com 23, 24, 25 anos, as redes são completamente diferentes. O que acontece que as diferencia tão fortemente? Uma parcela grande da rede do adulto de classe média foi construída ao longo da trajetória profissional, que começou na faculdade. O curso superior faz com que ele construa uma transição suave para uma rede da idade adulta em que a profissão é forte. No caso dos pobres, não há transição. Isso porque o sujeito pode até chegar ao ensino médio, mas, quando acaba o estudo, sua rede é composta de família, vizinhos, amigos do bairro e da escola. Um vai ser pedreiro, o outro atendente da padaria, não tem especialização. A ausência da universidade na trajetória escolar dos pobres faz com que eles enfrentem um abismo nas relações e não consigam ter uma transição para uma rede adulta em que a profissão seja importante.

ÉPOCA – Como é possível implementar políticas públicas a partir das redes? Marques – Ninguém sabe. O gabinete do primeiro-ministro britânico tem uma unidade estratégica, a Social Exclusion Task Force (algo como Força-Tarefa contra Exclusão Social), que tenta basear suas políticas em redes. Há também tentativas da Policy Research Initiative (Iniciativa de Pesquisas em Políticas Públicas), do governo canadense. Um exemplo bem-sucedido é o baile da terceira idade. Ele é eficaz porque a questão do idoso é o isolamento. Para resolver o problema da pobreza, porém, não adianta criar baile da juventude carente. É preciso produzir relações de um novo tipo. Talvez cheguemos a uma política pública capaz de influenciar redes, mas estamos longe. Não é uma questão de dar dinheiro, mas de criar oportunidades de relações para os pobres.

ÉPOCA – Faria sentido sofisticar as contrapartidas do Bolsa Família? Marques – A existência de contrapartidas associadas à expansão dos serviços, como o aumento da quantidade de vagas em escolas, é uma boa estratégia para fazer as pessoas entrar nos serviços. Mas não acho que as condicionalidades devem ser expandidas porque elas podem ter o efeito perverso de isolar aquele menino que tira nota baixa, que falta mais na escola mesmo ameaçado de perder o benefício, porque tem de cuidar do irmão mais novo. Quem vai ficar de fora do programa é justamente quem mais precisa dele.

sábado, 11 de setembro de 2010

Gil Barata - apresentando a música "Lost"

Gil Barata, paraense nascido em Santarém, mas o coração Itaitubense, já aos 12 anos gostava de frequentar rodas de chorinhos e serestas às vezes levado pelo meu pai (Manoel Alho), que era musico (baterista) e ficava ouvindo e prestando atenção nos acordes dos violões. Aos 15 anos ganhei de presente meu primeiro violão, comprado pela minha mãe (Neci). No seminário São Pio X, em Santarém onde iniciei meus estudos musicais com o Prof. Moacir Santos (somente duas aulas) e daí em diante tomei a decisão de ser musico e comecei a estudar sozinho. Em 1982 fui estudar música em Recife no Conservatório Pernambucano de Música, e em seguida gravei em São Paulo um LP Mix (Amarelindo Brasil) onde fui muito feliz e com isso me deu mais vontade de conviver com a música. Fui para o Rio de Janeiro em 1986 tentar a sorte e lá aprendi muito, fiz parcerias e muito trabalho. Já em 1994 retornei ao torrão e fiz outros trabalhos, Composições, Shows para TVs, Festivais etc. Atualmente Moro em Belém e também faço um trabalho de parceria com a Susipe e desta parceria nasceram alguns frutos, entre eles esta canção "LOST" que já começa tocar em algumas rádios locais. Em 2010 estou feliz, em meu Estado, com muitos amigos e pretendo ficar por aqui se possível ETERNAMENTE.
Por Gil Barata



quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Santarém, o lugar - Música de Jefson Luiz

Estou enviando o meu CD com algumas canções para vc, sei que iras curtir, com uma atenção maior para a primeira faixa "Santarém, o lugar", que foi a realização de um sonho, que caminhava comigo a muito tempo e graças a Deus consegui transformar para música, minha grande paixão, o amor que sinto pela minha terra natal, principalmente da saudade que sentimos, o que você comunga pela sua Itaituba, falo dos botos, sairé, dos peixes, das praias, até do sensacional RAI-FRAN sem esquecer da nossa Padroeira. Bida, fico feliz se for possivel a divulgação no seu blog, sei que muitos amigos e conterrâneos matarão um pouco da saudade. abraços!
Por Jefson Luiz.
Amigo Jefson,
tenho a satisfação em publicar a música de sua autoria "Santarém, o lugar". Saiba que tenho uma grande amizade por você e adimiração pelo seu talento musical.

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Algumas coisas que ainda faço na minha saudade

Quando algumas pessoas diziam que, após a morte de um ente querido, continuavam a fazer determinadas coisas como se a pessoa ainda estivesse entre nós, eu ficava cismada. Como assim? Isso não faz mal para o espírito? Essas coisas.
Pensei nisso ontem à noite, depois de reparar em algumas coisas. Meu pai, de vez em quando, ainda chama a Love, apelido carinhoso que ele deu à mamãe, para o vazio, e só depois se corrige. A Etiane, minha irmã, olha involuntariamente para o portão, como se a mamãe fosse chegar a qualquer momento. E eu... pego o meu celular alguns minutos antes da novela, como se a mamãe ainda fosse me ligar.
Engraçado como a nossa mente, tão acostumada a determinadas tarefas, continua "se enganando" desse jeito. Reflexo, talvez? Não sei. Infelizmente, temos que passar por isso, e conviver com a saudade até o dia que chegar a nossa vez.
Penso sempre em minha mãe num lindo jardim, com todas as plantas que ela gostava, cuidando delas, conversando com elas, oferecendo amor a cada folha e raiz. Ela está em paz, sabe que o tempo onde está simplesmente não existe, e vai nos esperar. Eu só rezo a Deus que, no dia que chegar a minha vez, eu possa abraçar e beijar minha mãe como sempre fiz.

Postado por Ivelyne filha do Nena - http://www.4thavcafe.blogspot.com/

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

COMPREENDO MELHOR A SAUDADE DO MEU PAI...

Você sentirá saudades?
Um famoso pensador, ao ser entrevistado, afirmou que uma das perguntas de maior teor filosófico que mais o fez pensar nos últimos tempos, tinha vindo de sua filha, uma menina de poucos anos de idade.
Afirmava o entrevistado que, certa feita, ao dar o beijo de boa noite para sua pequena, ela o surpreendeu com a seguinte pergunta: Pai, quando você morrer, irá sentir saudades de mim?
A pergunta da menina, longe da ingenuidade infantil, traz no seu bojo profundos questionamentos filosóficos. Você mesmo já se surpreendeu pensando naqueles que lhe antecederam na viagem de retorno ao mundo espiritual?
Já se perguntou onde estarão eles? Sentirão saudades de mim?
Ou já pensou em algum momento: Como pode o manto da morte ser capaz de destruir sonhos, romper laços fraternos, separar aqueles que se amam?
E já se questionou se aqueles a quem queremos bem, que nos são caros ao coração, que convivemos anos a fio, compartilhando anseios, dúvidas, desafios, medos, com a morte ficam irremediavelmente afastados de nós?
É comum dizermos: Perdi meu pai, ou Perdi meu filho, quando esses se vão com o fenômeno da morte. Será verdade que os perdemos?
A razão nos diz que não. Como pode a morte vencer os laços construídos ao longo dos dias, dos anos, feitos no olhar, na dedicação, na cumplicidade, no compartilhar de dores e felicidades?
Como pode o fenômeno biológico vencer os sentimentos verdadeiros, que nascem nos refolhos da alma e são guardados no coração?
Pensar dessa forma é imaginar que Deus pouca importância daria para o amor. Afinal, de que valeria amar alguém, se isso tudo nos levaria ao nada?
Já que a morte do corpo é inevitável, inevitável seria então perder nossos
amores.
A lógica nos conduz ao entendimento das Leis de Deus, a nos explicar que os laços de amor vencem as distâncias provocadas pelo tempo e pelo espaço.
Aqueles que se amam, onde estiverem, continuarão se amando, mesmo que momentaneamente apartados.
E é isso que a morte do nosso corpo físico nos provoca. Temporariamente, ficamos apartados daqueles a quem amamos.
No entanto, logo mais, em um tempo que a vida nos dirá, nos reencontraremos, com as saudades daqueles que, após longa viagem, se reencontram para reviver o carinho, afeto e sentimentos que sempre existiram.
Quem parte de retorno ao mundo espiritual, pelo fenômeno da morte do corpo físico, é alguém que nos antecede na viagem de volta. Como nos ama, de lá fica nos aguardando, para um reencontro inevitável.
Naturalmente sente saudades como nós, sente nossa falta, como sentimos nós a dele.
* * *
Quando a saudade dos amados apertar nosso peito, que nossos pensamentos sejam de carinho, com a certeza de que nos encontraremos.
Aguardemos sem revolta pois afinal, dia desses lá estaremos nós, a revê-los, no retorno que também faremos ao mundo espiritual.

Fonte: Redação do Momento Espírita, em 09.06.2009.

Obs.: Texto indicado por Altair Viana da Silva