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domingo, 16 de dezembro de 2018

PARABÉNS ITAITUBA PELOS 162 ANOS DE FUNDAÇÃO

Todo dia é dia de homenagear a cidade de Itaituba, a que mais amo. Resolvi homenageá-la contando a história e vivências em um velho casarão itaitubense.

Essa fotografia de Itaituba mostra o ambiente em que minha família viveu infância, juventude e fase adulta. Ela me traz lembranças inesquecíveis. Essa casa à direita na fotografia abrigou tantas pessoas queridas que me vem a emoção de poder ter tido a oportunidade experimentar vivências enraizadas nas minhas lembranças. Jamais esquecerei.

Sempre falo que nunca saí de Itaituba. Morei em Santarém entre 1983 e 1984, mas quando encontrava um conterrâneo o coração disparava de saudades de Itaituba. Mudei-me para Belém com os irmãos para buscamos os estudos que Santarém já não oferecia à época.

Bem, vamos voltar a esse casarão que está posicionado ao lado direito da foto. Essa casa passou por momentos de produções diferentes: um grande depósito de Castanha do Pará, uma loja de venda de redes, deu lugar à primeira fabrica de gelo de Itaituba, foi a primeira agência da COTELPA – Companhia Telefônica do Pará, onde meu pai Fran Mendonça atuou como seu primeiro agente e eu seu primeiro mensageiro. Meu trabalho basicamente consistia em sair correndo para chamar as pessoas em suas residências para atenderem ao telefone, mesmo que me custasse longa jornada até o DNER (Departamento Nacional de Estradas e Rodagem). Lembro-me dos gritos do seu Zé Arara (alô, “aqui é o Araraaaaaa!”), brincávamos dizendo que dava para ouvir em Santarém. Essa casa também abrigou a primeira agência do FUNRURAL, sendo meu pai igualmente seu primeiro agente. Abrigou também a primeira agência do IBDF em Itaituba, tinha como agente um engenheiro florestal por nome de Vivaldo, abrigou também o escritório do IBGE em época de censo com o Senhor Marcos Madeira. Essa mesma casa por um período funcionou como abrigo de menores infratores e/ou crianças e adolescentes em situação de risco, isso porque meu pai era Adjunto de Promotor Público. E toda essa história é apenas um terço do que ela representou para Itaituba.

Aí vem o progresso na década de 70 com todas as mazelas que qualquer cidade sofre com sua chegada do progresso. Cito aqui o Dr. Bemerguy na letra da música do Hino de Itaituba: “Quando os prédios encobrem a Lua cresce um povo, mas sem coração”. Dou-lhe razão, pois com o dito “progresso” a violência aumentou, bem como os pequenos furtos, e nisso Itaituba não é tão diferente de qualquer lugar do Brasil.

E assim declaro meu amor por Itaituba: dizendo que um dia viajei, mas sempre pensando em voltar. Nem por um minuto esqueci essa cidade hospitaleira. Itaituba sempre esteve além de seu tempo, pois tem seus braços abertos recebendo pessoas dos mais longínquos rincões. Daí a bela mistura de sotaques que lhe é tão característica.
Cada vez mais apaixonado, deixo aqui meus parabéns à Itaituba pelos seus 162 anos!

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