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segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Erros ou equívocos nos acompanham no dia-a-dia

Reporto-me aqui ao caso da auxiliar de enfermagem que teria aplicado vaselina no lugar de soro na menina Stephanie dos Santos Teixeira, de 12 anos, no Hospital São Luiz Gonzaga, na Zona Norte de São Paulo. É claro, que aqui não darei razão à falha ocorrida levando a óbito uma criança. Nos hospitais existem medicações que são aplicadas com menos frequência e às vezes são apicadas eporádicamente que chegam a cair no esquecimento devido ao pouco uso da medicação.

Fatos como esses, acontecem por acaso dentro das nossas casas, que por um descuido somos induzidos ao erro, muitas vezes erros fatais. No meu caso aconteceu que ao fritar ovo para o meu filho, talvez por discuido de alguém, investi sobre a embalagem que continha limpol com a cor muito parecida do óleo de cozinha. Ao fritar o ovo percebi que o líquido era fino e evaporava muito rápido. Mesmo assim no primeiro dia fritei o ovo e Armando filho degustou reclamando que havia um gosto esquisito. No outro dia a história se repetiu, fritei o ovo novamente sempre achando que o azeite era de péssima qualidade. Nesse momento entra a minha esposa vê e ouve o comentário, o armandinho ao levar a colher a boca foi interpelado pela digníssima exclamando: “não come que foi frito com limpol!”. Ai vem àquela parte mais chata, que é a ladainha... Ainda bem que não houve polícia e nem uma ação fatal.

Condenar uma pessoa por uma ação involuntária é cruel e desumano. A sentença psicológica aplicada a essa moça, a marcará por toda a sua vida.

3 comentários:

  1. Que bom saber que não estou sozinha no sentimento de imenso pesar,dor por todo o sofrimento imposto a essa enfermeira que cometeu esse erro, aos olhos dos mais afoitos em julgar, imperdoável, mas se nos detivermos a observar com um olhar mais lúcido e real, veremos que nosso dia a dia de trabalho tão atribulado, tão cruel com horários e muitas pessoas pra atender ao mesmo tempo em vários segmentos nos levam a esses "erros" diariamente, a diferença nesse caso é que lidava com uma vida humana, as vezes erramos tão ou mais que essa pobre coitada só nos salvando por não estarmos diretamente com uma vida nas mãos. Espero sinceramente que ela consiga se perdoar um dia, e que venha a poder dormir uma noite inteira sem essa cruz tão pesada em suas costas. Que Deus tenha piedade dela e que dê conforto à família da pobre menina, vítima não da enfermeira, mas da máquina de moer gente, que se transformou as nossas vidas e nossos trabalhos com suas metas metas metas a cumprir.
    Lúcia Cid

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  2. Lúcia, agradecemos sua constante participação nos comentários sobre os artigos em meu blog.
    Concordo com a sua opinião sobre assunto em gênero número e grau .
    Abraço!

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  3. Pois é, tanta coisa acontece em nosso dia-a-dia, em nosso trabalho, imagina como estava o hospital naquele dia fatídico. Ninguém pode esperar, ninguém quer esperar. E quando erros assim acontece, a culpa cai total e completamente na pobre da enfermeira. É visível que a Saúde Pública está precária, precisando de todos os recursos possíveis, para evitar tal situação que causa dor, tanto na família que perde um ente querido, quanto na vida da servidora envolvida. Mas, como sempre, a maioria pega o caminho mais fácil, e põe a culpa nas costas de uma única pessoa.
    À vezes acho que Justiça é algo relativo, ao contrário do que muitos pensam.

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